segunda-feira, junho 28, 2010

Quintana e mais dez

"Estávamos à espera que fosse o Quintana e mais dez, mas ele não correspondeu às expectativas."

Este poderia ser o epitáfio de uma carreira, cravado por um impiedoso cinzel na face de um triste e cinzento mausoléu futebolístico. Na verdade, até foi - porém metafóricamente.
As palavras proferidas pelo então líder do Moreirense, Vítor Magalhães, embora comuns no contexto-cautchú, revelaram-se como uma perfeita resenha da carreira do paraguaio em Portugal. Aliás, se a vida do Victor desse um livro, seria daqueles resumos amarelos que o pessoal usava no secundário para não ter que passar pela tormenta de ler os Maias ou os Lusíadas por inteiro. Aqueles que tinham apenas meia dúzia de páginas com um par de tópicos.
Estimo desassombradamente que o livrito do Quintana teria uma solitária página apenas, com a deprimente frase do Magalhães pintada a tons dourados.
Abrir aspas, introduzir epitáfio, fechar aspas.
E assim se enterra uma carreira outrora promissora.

Porém, a demanda do Victor por solo Europeu não começou pelo dantesco vilarejo de Moreira de Cónegos, onde quer que isso seja.
Ao invés, o combativo jugador aterrou no Sá Carneiro para representar um clube na ressaca de um histórico pentacampeonato e na antecâmara de uma não-menos-histórica conquista Europeia. Infelizmente para o paraguaio - e felizmente para o referido clube - a sua época de estreia acertou precisamente entre ambas as efemérides. Basicamente, o que o Quintana fez, foi o equivalente a ir aos vestiários de um concurso Miss Mundo, encontrar 110 modelos bêbedas e/ou drogadas, e só conseguir sair de lá de braço dado com um travesti anão e cego de um olho. Tough luck.
Na verdade, o próprio Victor era a versão futeboleira de um travesti anão e cego de um olho. No mínimo, era cego de ambos os pés e liliputiano em talento, mas a parte do travesti ainda está por ser provada, apesar daquele sexy sinal carnudo ligeiramente acima do lábio superior. Como uma ex-modelo: Cindy Crawford, nem mais.

Da passerelle ao relvado, relativamente às façanhas do jogador cuja alcunha ("O Animal") o descrevia na perfeição, não há muito a dizer. Caberiam na parte de trás de uma carteirinha de fósforos, juntamente com o total de golos que o Pavlin apontou com a camisola azul-e-branca e com os números de telemóvel das miúdas que o Esquerdinha sacava no Tomate e no Via Rápida às quintas-feiras à noite.

Mas lá que o gajo puxava dumas melodias suculentas com a sua big trombone band, lá isso puxava.

domingo, junho 06, 2010

A Pizza do Clayton

Fui jantar à Pizza Hut e fiquei espantado com a promoção deles. Não tanto pela cheesy bites, nem pela calzone ou pela rolling pizza. Eu geralmente vou mais pelo pão de alho, peço um guardanapo e fico pelo convívio. E que belo convívio se tem numa Pizza Hut, inalando aquele saudável ar gorduroso. Também gosto de ficar à espera ao pé de um sinal que diz “aguarde, por favor” porque sempre gostei de passagens de nível com guarda e aquilo faz mesmo lembrar uma passagem de nível com guarda. Adiante.
Enquanto tentava decidir quantos guardanapos iria requisitar para o número de pães de alho que iria pedir, olhei para o rapaz da promoção, que estava ali a mostrar-me um cartaz com o programa semanal. E disse para mim, I’ll be damned, mas em português e numa voz não muito alta, que para isso já bastava o bebé do lado.
E depois reparei nas letras do lado esquerdo, na imagem que partilho convosco. Para quem não conseguir lê-las, “as fotografias podem não representar com exactidão os produtos referidos” é o que lá está escrito.
Pois é, pois é. O rapaz do cartaz era nada mais, nada menos que o saudoso Clayton. Mas, como a Pizza Hut fez questão de alertar, e muito bem, aquele produto não era um Clayton perfeito, representado com exactidão. Era um Clayton adulterado, com uma protuberância capilar hiperbólica, sacada de empréstimo a um qualquer Nuno Assis, por exemplo. Sim, eu descobri a charada. Agora tudo fazia sentido. O Clayton tornara-se no rapaz-propaganda da Pizza Hut. Fez um tratamento ao cabelo milagroso, que não só corrigiu as entradas precoces que denotava como lhe reavivou o couro cabeludo. O couro dos relvados é que ficou para trás. Clayton remodelou-se e é agora um modelo, fugindo da imagem que deixou dentro de campo mas ainda assim conseguindo ser apanhado pela torcida que dele não se esquece. Nós compreendemos a tua decisão, Clayton. O Chipre não era o sítio para alguém acabar a sua carreira. Nós temos de fazer o que pudermos para ganhar a nossa pizza de cada dia e tu foste astuto em arranjar esta forma de ganhá-la.
Devia ter merecido uns pãezinhos grátis só por ter descoberto o paradeiro do velho Clayton. Mas acabei por pagar até os guardanapos.

sexta-feira, junho 04, 2010

Luisão... por vezes também um bom cromo !!

Quando muito se fala de mau perder e de declarações dos clubes grandes, tao inflamadas e auto - proclamadas verdadeiras e apaziguadoras, veja-se o que Luisão disse no final da epoca em que o FCPorto ganhou com mais de 15 pontos de avanço!!
Mas que grande cromo :)


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